História da Matemática

Mesopotâmia (sistema de numeração babilônico)

Considerada o berço da civilização, a Mesopotâmia compreende um conjunto de povos que viveram nos vales dos rios Tigres e Eufrates, no que hoje corresponde ao território do Iraque e regiões adjacentes da Síria, Turquia e Irã, no período que se estende aproximadamente do ano 3500 a.C. até o começo da era cristã.
Na Mesopotâmia, a vida urbana floresceu, a técnica e os artefatos evoluíram a partir do domínio da metalurgia e a engenharia teve progressos nos métodos de construção e no desenvolvimento de sistemas de irrigação e de controle de cheias.
O maior legado dessa civilização foi o desenvolvimento, no quarto milênio antes da nossa era, da forma de comunicação escrita mais antiga da humanidade: a escrita cuneiforme, assim denominada por ser composta por símbolos em forma de cunha.
Os mesopotâmicos usavam como suporte para sua escrita placas de argila, que eram marcadas com estilete e, em seguida, eram cozidas ou secas ao sol para aumentar sua durabilidade. Essas tabuletas, normalmente retangulares, tinham espessura pouco maior que 2 cm, com tamanhos variando de poucos a algumas dezenas de centímetros.
Uma boa parcela das tabuletas matem´aticas babilônicas que chegaram aos nossos dias são tabelas de números, tais como tabelas de multiplicações e de recíprocos. Há ainda tabelas de quadrados, cubos, raízes quadradas e raízes cúbicas, progressões geométricas, coeficientes geométricos e fatores de conversão envolvendo pesos e medidas. Algumas dessas tabletas visavam responder a perguntas do tipo “a que potência um número deve ser elevado para se obter um outro número dado?”. Questões deste tipo poderiam advir de problemas práticos, tais como cálculos envolvendo taxas de juros.
O sistema de numeração babilônico combinava um sistema sexagesimal e decimal, ou seja, as bases 60 e 10, com um princípio de posição, em que dígitos colocados mais à esquerda representavam valores maiores. Os símbolos na figura abaixo designava a unidade 1 (na base 60) e o número 10. As combinações desses dois símbolos eram usadas para gerar os números até 60.


Especula-se que o uso da base 60 tenha sido motivado por observações astronômicas, seja na consideração de que o mês lunar dura perto de trinta dias, ou de que o ano consiste aproximadamente de 360 = 6 x 60 dias.
Existem outra hipóteses para a utilização do sistema sexagesimal, de todo modo, os resquícios de contagem na base 60 que hoje temos em nossa cultura, tais como o número de subdivisões de um minuto em segundos, ou de uma hora em minutos, ou ainda a divisão de um círculo em 6 × 60 = 360 graus, s˜ao todos herança babilônica.




Para aprender mais sobre os numerais babilônicos, assista os vídeos a seguir:
♦ Vídeo 1: Sistema de numeración babilónico:

Vídeo 2: Sistema de numeração babilônico:


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